Jesus é uma parábola. Precisamos ser parábola
6 de julho de 2022
“Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”
Mateus 10.40
Já passou pela experiência de alguém te evitar só porque você é crente? E por que será que isso acontece? É porque, na verdade, a pessoa não estava evitando você, ela queria evitar um encontro com Deus. Essa situação, inicialmente, nos responde o que significa sermos uma parábola, pois era isso que Jesus Cristo era.
A parábola é uma comparação; é fazer uso de uma figura, de uma história para transmitir uma mensagem ou apresentar alguém ainda desconhecido tornando-o conhecido dos que entendem a história ou compreendem a parábola. Não é por acaso que Jesus respondeu a Filipe: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 6.9).
Quem deseja conhecer a Deus, precisa ir até Jesus e ouvir o que Ele diz, pois seu ensino não era sobre Ele mesmo, era sobre O Deus Pai. Em todo tempo Ele falava do amor de Deus e demonstrava como Deus tem interesse em redimir e salvar o ser humano pecador. Esses textos nos fazem perceber isso: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deus seu único filho para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16); “Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.” (Jo 5.19); e “Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou” (Jo 14.24).
Tudo que Jesus falava ou fazia apontava para Deus, o Pai. Jesus é, portanto, uma verdadeira parábola de Deus Pai.
E nós? Uma vez que, através de Jesus, de lermos seus ensinos e de nos relacionarmos com Ele pela oração também termos um encontro com Deus e vamos nos aproximando mais e mais dEle, ao ponto de sermos chamados por Ele de filhos (1ªJo 3.1), algo semelhante também acontece (precisa acontecer) na nossa vida. Todo crente se torna e vai se tornando também uma parábola de Jesus. Foi por serem muito parecidos com Jesus Cristo, que os discípulos em Antioquia foram pela primeira vez chamados de “cristãos” (At 11.26). Lembra? Por isso, o texto em epígrafe nos revela que onde o crente chega, Jesus chega também. No que o crente fala e age, Jesus vai sendo revelado também. Quanto mais o crente se relaciona com Jesus, naturalmente ele vai se tornando uma parábola de Jesus.
Jesus nos revelou o Pai, não somente através dos grandes sinais e milagres que fazia, mas também no simples gesto de ouvir as pessoas, de abraçá-las, de amá-las e mostrar a elas os ensinamentos e o caminho para Deus. E Ele nos declarou: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (Jo 14.12).
Podemos fazer sinais? Sim, se Ele assim o quiser. Mas, quando paramos para ouvir alguém, quando nos dispomos a falar de Jesus, a demonstrar generosidade e amor a alguém, também estamos fazendo o que Ele fazia. E ainda temos um Grande Ajudador, o Espírito Santo que habita em nós e vai fazendo de nós verdadeiras parábolas vivas com um só objetivo: apontar para Jesus Cristo, o Salvador.
Reverendo Edilson Martins