Dia dos Pais
13 de agosto de 2022

Em 1909, uma moça norte-americana chamada Sonora Dodd resolveu separar um dia do ano para homenagear seu pai, por este ter criado seis filhos sozinho após a morte da esposa e ter feito isso com muito amor, esforço e altruísmo. Não demorou para que a data se tornasse uma celebração nacional, e, hoje, o mundo inteiro comemora o Dia dos Pais.
Obviamente, o comércio em geral se aproveitou da ocasião – como costuma fazer com dias especiais – para oferecer todo tipo de produto relacionado ao evento, mas isso não deve ser visto como algo ruim, já que muitos filhos e filhas só se lembram de comprar uma lembrança para seus pais no segundo domingo de agosto – sem falar que muitas famílias só se reúnem nessa data. Imaginem se ela não existisse no nosso calendário…
De acordo com o mundo, um pai “legal” não se intromete na vida de seus filhos; deve lhe dar liberdade para aprender com a vida, mesmo que corra o risco de se arrebentar nesse caminho. Deve respeitar se o menino ou a menina quiserem seguir uma religião pagã e torcer para que sejam felizes. Cabe-lhe somente prover o necessário, materialmente falando, e deixar que o “destino” cuide do resto.
Porém, de acordo com a Bíblia, ser pai é uma missão que Deus concedeu aos homens. Os pais, juntamente com as mães, deveriam não somente ter a Palavra em seus corações, mas falar dela para os filhos o tempo todo (Dt 6.6, 7). Deveriam corrigi-los (Hb 12.7), protegê-los (Mt 24.43), mostrar que, acima deles e mais digno de confiança do que eles, está o Senhor Jesus (Mc 1.20). Este, sim, não decepciona jamais.
Filhos que anseiam por pais perfeitos sairão decepcionados; pais que desejam filhos perfeitos também. Todos temos defeitos, mas, juntos, com a ajuda dEle, pela graça, podemos viver a aventura extraordinária de uma família feliz, dentro do possível neste mundo caído. Uma vida próspera não consiste de riquezas materiais; consiste de usufruir todas as bênçãos que Deus resolveu nos conceder nesta vida que passa como neblina (Ec 2.24-26; Tg 4.14), e a família, com certeza, é uma delas, uma bênção que Ele nos deu para nunca nos sentirmos sozinhos (Sl 68.6).
Queridos pais e filhos: tentar ser um pai à semelhança do Pai celestial é um excelente projeto de vida (Mt 5.48), assim como se esforçar por ser um filho à semelhança de Cristo, que sempre procurava estar em sintonia com Aquele que o “gerou” eternamente (Mt 26.39).
Que Deus nos abençoe.
Presbítero Kleber Cavalcante
Professor na Escola Bíblica Dominical da Igreja Presbiteriana Águas Vivas