Um acontecimento que mudou a história deve ser muito comemorado

6 de dezembro de 2021

Um Acontecimento Que Mudou A História Deve Ser Muito Comemorado

Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes.”

Lucas 1:52

Estamos no mês em que se celebra uma das maiores festas do cristianismo: o Natal. Bem sei eu, e você talvez também saiba, que Jesus não nasceu num 25 de dezembro, e que, em parte da narrativa do advento profético, muito foi inserido de culturas que se aproveitaram do tema e da data para se “darem bem.” Infelizmente, a data festiva foi literalmente transformada em uma festa meramente comercial. Agora, como tudo isso impacta você em sua rotina cristã de amor e afeto para com os mais necessitados?

A narrativa do nascimento de Jesus, e tudo que envolveu o momento no tempo e no espaço, assim como na vida das pessoas é, sem sombras de dúvidas, cheia de significados. A história, em suas mais variadas culturas, é recheada de personagens e vultos de expressiva narrativa. Nesta época, também somos bombardeados por personagens os mais diversos; e não me resta dúvidas de que o intuito é o de ofuscar o homenageado principal.

A figura do presépio é demasiadamente super bem conhecida de todos nós e, a meu ver, é uma clara oposição a tudo o que se traduz como opulência e beleza que alguém possa almejar ao nascer. Temos no momento exato do parto mais significativo do universo um estábulo, uma manjedoura, um pai por direito, uma mãe de primeira viagem e a plebe da sociedade como testemunhas. Ademais, também vão aparecer alguns astrólogos vindos de uma terra distante. Pois é, esse é o povo que se apresenta para o maior dos acontecimentos. Povo gasto pelas vicissitudes da vida, alijados do bem material, explorados pela elite, envolto nas mazelas da vida. É esse o povo a quem primeiro a salvação e o salvador são apresentados.

Pois é, alguns pensam que a vinda do messias deveria ser algo contrário a tudo isso; deveria vir com toda pompa, num lar de respeito e com as benfeitorias dignas de um rei. Porém, em ato contrário a tudo o que se possa imaginar em termos de prosperidade, o salvador vem e se apresenta primeiramente aos que estão por baixo: para os pobres e os marginalizados. Sua mãe, hoje lembrada em praticamente toda terra, entende isso e, cheia do Espírito Santo, em seu cântico, afirma sem medo de errar: “derrubou governantes de seus tronos, mas exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias.” Que frase impactante! E que visão humana diferente daquilo que a sociedade elitizava e tinha como princípio existencial o ser melhor. “Ele veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam”. Bom isso. Não sei, mas penso que, em sua soberania, o Deus Pai e Criador, talvez por esse motivo, nos presenteou com a alegria de reconhecer em Cristo, o Salvador, o que o mundo desde o início procurou.

O casal pobre, que teve de voltar à terra natal por conta de um recenseamento, não encontra lugar nem na sua cidade de origem nem em outro qualquer, senão no mais humilde possível. E mais, a hospedagem que foi doada a eles era onde os animais dormiam, uma manjedoura. O local onde os animais também comiam, serviu de berço para o amor do criador. Jesus nasce como um irmão em situação de necessidades urgentes, num lugar pobre, talvez com muita sujeira, mas com o mais importante dos sentimentos: o amor de Deus pelo homem caído que precisa ser resgatado das trevas.

São os pastores, a plebe e os miseráveis que assistem à cena que hoje impacta nossas vidas e serve de comércio para outros, mas, que, acima de tudo, é um testemunho evidenciado em toda parte onde se celebra essa data que o nascimento da salvação é mais que uma realidade, é uma verdade da qual o homem não tem como refutar. Uma percepção mais ousada verá que, a chegada dos magos do Oriente – um povo que nem sequer professava a religião dos poderosos, talvez nem cressem no mesmo Deus, mas que por direção divina foram enviados –, é um claro sinal de que a salvação dada aos homens não é privilégio meu ou seu, desse ou daquele credo, mas de gente que enxerga nessa data, não um comércio, mas o maior de todos os acontecimentos de todos os tempos. A salvação chegou a todos os homens.

Aprendo com isso que, nas coisas simples, podemos ter boas notícias e que coisas boas podem acontecer. Que as boas novas e a boa vontade entre os homens sejam sempre uma realidade para todo ser humano, e não apenas algo vivido por uma elite.

Celebremos o Natal! Celebre, comemore com alegria esse momento. Temos em Cristo, o salvador que nasceu, a oportunidade de, nessa data, voltarmos à história que querem a todo custo mudar.

Que Deus nos abençoe e nos conceda a oportunidade de celebrar o verdadeiro Natal.

Jesus Nasceu! Aleluia ! Feliz Natal!

Reverendo Arlei Gonçalves

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