O que o Senhor pede de ti
11 de julho de 2021
Em Miqueias 6.8 está escrito: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus”.
Deus não estava interessado em rituais vazios. Havia pessoas na época de Miqueias que prestavam culto a Deus em estado de pecado. O profeta Isaías denunciou essa falha como um verdadeiro porta-voz do Senhor (Is 1.13-17).
Miqueias esclarece que o que Deus quer agora não são ritos de culto ou coisas assim. Deus quer vida de santidade. Vida.
Há pessoas que conseguem, nesta época em que vivemos, prestar um culto ao Senhor, cantar louvores a Ele e servi-Lo em Sua igreja mesmo estando numa vida de pecado. O profeta Miqueias ensina que o conteúdo da vida do adorador fala mais alto do que os gestos do adorador em um culto. A expressão religiosa que Deus queria do Seu povo não dizia respeito a holocaustos, ofertas de manjares, dízimos ou sacrifícios pagãos. O que Ele queria se resumia a três frases: 1) praticar a justiça; 2) usar de misericórdia para com os outros (ou melhor: “amar” usar de misericórdia para com os outros); e 3) andar com humildade diante de Deus (ou seja, um andar quebrantado, sem orgulho, sem arrogância).
Note que a primeira e a segunda frases dizem respeito à relação entre homem e homem. Seriam os aspectos sociais da vida cristã autêntica. A terceira frase diz respeito à vida do homem com Deus. Cristianismo consiste em manter uma vida santa em nossas relações com os homens e com Deus. Segundo o pastor batista Isaltino Gomes Coelho Filho – já falecido –, “vertical e horizontal são duas linhas que formam a cruz. A religião (forma de se relacionar com Deus) que a Bíblia apresenta, tanto no Antigo como no Novo Testamento, tem a forma de uma cruz. Foi pela cruz que Deus se relacionou conosco, de forma mais expressiva, em Jesus Cristo. É pela cruz que nos relacionamos com Deus, de forma mais expressiva, na conduta, com ele e com o próximo”.
Sim, o culto que agrada a Deus é a vida reta, santa, que evita o pecado; uma vida com justiça nas atitudes e no relacionamento com o próximo (veja Isaías 1.17 e Tiago 1.27).
Presbítero Kleber Cavalcante