Um bate-papo com as mamães
9 de maio de 2021
Bendita és tu entre as mulheres”
Lucas 1. 42b
Que no exemplo de Jesus e no legado da bem aventurada Maria, nossas Mães se sintam homenageadas. Vão-se alguns anos que não parabenizo a quem, por longos anos, chamei de mãe. Seu valor, sua importância e seu legado são marcos que a história da minha vida e as comparações não negam. Quem não quer, ou quem não queria ter sua mãe por perto? Em meu tempo de caminhada, acredito que presenciei muitas reclamações de filhos sobre suas mães. Em um aspecto geral, querem onerá-las com uma dose de pesar, como se não bastasse o simples dever de ser mãe.
Já presenciei os que reclamam que suas mães são “chatas” só pelo fato de elas estarem sempre por perto. Sinto dizer-lhes que chato é não estar perto de suas mães. E tem também os que não aguentam mais ouvir os conselhos de suas mães, tipo: “Mãe, não aquento mais!”. Ruim mesmo é não ter mais uma mãe para nos aconselhar. E há ainda os que reclamam de suas mães por, a toda hora, pegarem no seu pé: “Menino, olha a hora do remédio; olha a hora do almoço; está na hora de dormir”. Triste é não ter mais uma mãe para pegar no nosso pé. E tem ainda a clássica, que não pode ficar de fora deste enredo de letras, que é o famoso: “Menino, acorda!” – dessa ninguém escapa. Pois bem, que saudade de ouvir a minha mãe me dizer: “Menino, acorda!”.
São tantas as lembranças que se divagam e que marcam a nossa história que as palavras nos faltam, pois elas se misturam com o tempo. Nosso tempo é curto demais nesse mundo. Nossa história, na maioria dos casos, pode ser contada em poucas letras, mas a história de uma mãe não tem como ser descrita em sua totalidade, visto que ela se doa na sua totalidade de vida, em prol da subsistência e da sobrevivência do seu rebento, sempre no desejo de que ele seja para ela o melhor presente de Deus; uma alegria constante para aqueles que são do convívio do seu menino e, para o mundo, uma esperança de dias melhores.
Queria que todos pudessem ter tido uma mãe assim: que ensinasse o valor de um sorriso, quando muitos estão tristes. Que ensinasse o preço da ética numa sociedade corrupta. Que ensinasse o valor e a importância do trabalho honesto e de trabalhar para o sustendo seu e dos seus, sem o desejo de se corromper. Que ensinasse o respeito aos mais velhos, numa sociedade cada vez mais negligente. Que ensinasse o valor da justiça, em meio a tanto desmandos socias.
Queria que todos tivessem uma mãe que ensinasse a ter paciência de esperar sua vez, sem furar a fila, porque tudo tem o seu tempo. Que ensinasse a enfrentar os desafios que a vida naturalmente apresentar, porque um dia ela não vai mais estar por aqui para aconselhar a tomar a melhor decisão diante das encruzilhadas da vida, nas quais tantas vezes ela o socorreu. Que ensinasse a importância e o envolvimento nas tarefas diárias, pois isso é viver. Que ensinasse a contar os dias com sabedoria para, na maturidade, alcançar um coração sábio. Que ensinasse a ter fé e a ser muito mais que um religioso, seguir a Cristo e seus princípios de vida.
Queria que todos tivessem uma mãe que ensinasse o valor de ouvir os mestres e os melhores conselhos, eles nos ajudam a caminhar. Que ensinasse a importância dos estudos e do saber, primeiro porque não ocupa espaço e, ademais, porque nos tornam pessoas melhores. Que nossas mães consigam transmitir a seus filhos a importância e o legado da família. Somos famílias, temos raízes que nos remetem a eternidade, e somos desejos de um dia estar nos braços do Pai (Deus) e próximos à nossa querida mãe.
Obrigado a todas as mamães pelo belo papel que desempenham! Obrigado, Márcia, pela mãe que você é! Obrigado, Mãe!
Reverendo Arlei C. Gonçalves