“Uma Família amada por Jesus”

15 de maio de 2020

“Uma Família amada por Jesus”

 “Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro”

(João 11: 5)

Maio é o mês da família. E nestes dias diferentes que estamos vivendo, temos tempo e oportunidade para redimensionar, em nós mesmos, o valor e a importância da nossa família; de cada um que faz parte desse grupo com o qual nos comprometemos, em primeira mão, a cuidar, proteger e amar.

De todas as possíveis declarações de afeto que uma família queira receber, nada melhor do que saber que o próprio Jesus – o Filho de Deus AMA SUA FAMÍLIA. No texto acima, essa é a declaração que o apóstolo João registra de Jesus para com aquela família de Betânia.  Que família privilegiada! Como se dá esse relacionamento? Porque desse registro de destaque?

Jesus Cristo, o Filho de Deus, tinha uma vida cheia de afazeres, um ministério corrido e cansativo, com tantos ensinamentos a compartilhar, com tantos carentes a atender. Afinal, a seara é grande, e Ele sabia que os campos já estavam brancos para a ceifa. Ele fazia uso de todas suas forças para realizar a vontade do Pai (Jo 11: 9-10; 4: 34). Jerusalém, o centro religioso de sua época, estava tomada por aproveitadores que, além de estarem interessados nos benefícios do Reino para si mesmos, ainda o perseguiam e o ameaçavam. Ele precisava de um lugar de descanso, de refúgio. E onde encontrou esse lugar? Foi junto àquela família de Betânia. Ali se sentia bem-vindo, acolhido e amado. Havia uma reciprocidade nesse amor; Jesus os amava e eles amavam Jesus.

Será que Lázaro, Marta e Maria enfrentavam os mesmos dilemas, dificuldades e lutas que nós temos hoje? Com as devidas proporções temporais e tecnológicas, sim. As pressões sociais, econômicas e emocionais aconteciam (Lc 10: 38-42; Jo. 12: 1-8), as enfermidades apertavam (Jo 11: 1, 3), os perigos e a morte estavam à espreita (Jo. 12: 10). Mas isso não os impediu de ter em casa um clima de amor, de benevolência, de paz, ao ponto do Filho de Deus se sentir acolhido ali. Há um desafio para nós aqui. Em não deixar que nada sufoque o amor de Deus derramado em nossos corações (Rm 5: 5) e que age como cimento, nos ligando uns aos outros (marido e esposa, filhos e pais) e faz a nossa casa ser um lugar onde queiramos estar e passar a maior parte do nosso tempo.

Além desse desafio de amor no lar, há muitas lições preciosas neste texto. Quero compartilhar somente mais uma. Na cultura judaica, alguns milagres eram observados com destaque pelos judeus, pois caracterizavam o Messias, e um deles era ressuscitar um morto após quatro dias. Jesus faz algo extraordinário naquela família que o amava. Lázaro havia morrido, e várias vezes o texto relata que já havia se passado quatro dias (Jo. 11: 17, 39); já cheirava mal. O texto revela a humanidade de Jesus que chora ao ver o sofrimento das irmãs e do povo, em face à tristeza da morte; pois Ele sabe, não fomos criados para morrer. Assim como a dor e o sofrimento, a morte é a terrível consequência da “queda de Adão”, da presença do pecado no mundo. Mas também revela sua divindade, pois Ele declara a Marta quem Ele é:  “a ressureição e a vida” (11: 25) e chama Lázaro da morte para a vida (11: 43). A família estava mais uma vez completa. A presença de Jesus trouxe poderosa restauração àquela casa. Esse é mais um desafio para todos nós: entender que, na casa e nas vidas, nas quais Jesus está, Ele faz grandes milagres e poderosas transformações.

Nestes dias, infelizmente, vemos alguns comentários sobre algumas pessoas não estarem suportando permanecer em casa, junto de suas famílias. Individualmente, é responsabilidade de cada um fazer do lar um ambiente de família. E, em cada vida da família que Jesus fizer morada, o amor dEle nessa vida ajudará essa família a ter um agradável lar. Com Jesus na vida, o amor invade o lar.

Faça de sua casa um lugar onde Jesus esteja sempre presente, a partir de sua vida. Não só agora em maio, mas todos os dias.

Reverendo Edilson Martins

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