Expectativas de coisas velhas

27 de dezembro de 2019

Expectativas de coisas velhas

“Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.”(Lucas 2:20)

É muito comum que todo fim de ano traga consigo a expectativa de coisas novas. É o tempo em que se intensifica a necessidade de revermos nossos projetos de vida, desistindo daqueles que pensamos não ser mais importantes e abraçando os que entendemos ser imprescindíveis para seguirmos na vida, para no próximo fim de ano voltarmos novamente a estes exercícios de inclusão e exclusão de projetos.

Claro que todo esse esforço é legítimo, pois precisamos constantemente nos adequar às novas realidades de nosso tempo. Muitas mudanças ocorreram no ano que está indo embora e agora precisamos reavaliar nossos empreendimentos, redimensionando nossos esforços físicos, financeiros e mentais a fim de vivermos de forma mais saudável e equilibrada.

Contudo, não necessariamente devemos sair por aí mudando todas as coisas e em todas as áreas de nossa vida. No texto que lemos vemos uns pastores de ovelhas, uma atividade que na Roma daquela época era considerada de baixo nível, sendo visitados por uma maravilhosa visão angelical.

Aos que conheciam os escritos do Antigo testamento, residia a expectativa da vinda do messias, o que foi revelado àqueles pastores pelo anjo do Senhor. No entanto, mesmo diante da gloriosa visão da milícia celestial e mesmo podendo comprovar tudo o que o anjo lhes havia dito, os pastores “VOLTARAM” para sua terra e suas atividades. Eles não deixaram de ser pastores, não fundaram uma nova religião ou viraram palestrantes de assuntos angelicais. Eles continuaram seus trabalhos, mas agora sob a égide da redenção com a vinda de Cristo.

Que nossas expectativas, outrora redimidas, para as “coisas velhas”, tais como oração, dedicação ao serviço do Senhor, o desejo de progredir em santidade e de exagerarmos na generosidade continuem a nos permear todos os dias e todos os anos de nossa vida até a volta do nosso Senhor Jesus Cristo.

Seminarista Ricardo de Souza Gaúna

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