Ah, o amor…
14 de novembro de 2019
Não há quem não sinta amor por alguém. Mesmo aqueles de mau caráter amam a própria mãe, a esposa ou um filho. O amor é considerado um sentimento nobre, admirado, e muitos pensam que, quanto mais amor, melhor.
A verdade, porém, é que mesmo o amor pode trazer problemas, se não for considerado à luz da Palavra de Deus. E um desses problemas diz respeito ao objeto do amor. A Bíblia ensina, por exemplo, que não se deve amar o mundo nem o dinheiro (1 Jo 2.15; 1 Tm 6.10). De fato, amar coisas pode ser bem perigoso.
Outro problema diz respeito a uma visão comum entre os homens, a idéia de que amor tem a ver exclusivamente com sentimento, quando a Bíblia ensina claramente que o amor é uma questão de vontade. Se assim não fosse, como Deus poderia nos mandar amar até os nossos inimigos (Mt 5.44)?
Essa confusão é muito comum entre os crentes, porque estes pensam que têm que sentir algo por um inimigo para realmente amá-lo, mas amor tem a ver principalmente com ações, não emoções. Por isso é que Paulo diz: “Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber” (Rm 12.20). Amor se demonstra com ações. Não precisamos ter sentimentos por alguém para mostrar amor por essa pessoa.
Infelizmente, muitos dizem “eu te amo”, mas poucos agem como se amassem de verdade. Dizem amar a esposa – ou esposo – mas não fazem nada que demonstre esse amor. O mesmo se dá em relação aos filhos, amigos, e até com Deus. Dizemos amá-Lo, mas o que fazemos por Ele? Jesus perguntou a Pedro: “Tu me amas?” E Pedro respondeu que sim, ao que Jesus imediatamente acrescentou: “Pastoreia as minhas ovelhas” (Jo 21.16).
Ou seja: demonstre esse amor.
Que Deus nos ajude a guardar as palavras inspiradas do apóstolo João: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade”.
Presbítero Kleber Cavalcante