Não somos animais, somos semelhantes ao Pai!
7 de setembro de 2019
Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou… Gn 1.27
Me lembro que na infância ouvi (e naquela ocasião até concordei) que nós, seres humanos, somos “animais racionais”. Que, tendo origem nos primatas, desenvolvemos habilidades de comunicação e raciocínio. Hoje, digo NÃO para essa ideia evolucionista e consigo perceber e demonstrar pela Escritura Sagrada que não somos animais, e sim, somos criaturas especiais, com características semelhantes Àquele que nos criou.
Não quero aqui debater criacionismo x evolucionismo ou expor questões científicas, mas quero, nestas poucas linhas, reafirmar nossa certeza sobre quem somos e porque existimos. Por mais que o homem (natural) tente explicar como tudo se originou, suas ideias são teorias. Mas, o cristão (homem espiritual) se satisfaz por ver as respostas nos dois primeiros capítulos de Gênesis. Esses capítulos apontam para DEUS como autor e criador de tudo e de todos “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Deus é descrito em todos os dicionários como alguém eterno e infinitamente poderoso. A CFW (Confissão de Fé de Westminster) ainda o define além de onisciente, onipresente, como sendo completamente livre e absoluto (cap. 2, I). Alguém assim seria limitado para criar?
No princípio, quando nada ainda havia, Ele decidiu criar (no hebraico aponta para algo que só Deus pode fazer, que é trazer a existência “a partir do zero”). Tudo mais que o homem cria, faz uso de materiais já existentes na criação.
Agora pense e reflita sobre como viemos a existir (já viu um cãozinho fazendo isso?). A Escritura nos diz que Deus, depois de criadas as demais coisas e animais, nos moldou à sua imagem e semelhança “… Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; …” (Gn 1.26). Para as demais coisas e os animais Ele disse “haja, povoem e produza” (Gn 1.3, 11, 20, 24), mas para o ser humano Ele disse “façamos”. Quer dizer que, de forma diferenciada, Ele concedeu a nós algo que as demais coisas e criaturas não tem que é uma “alma ou espírito”, como afirma o texto: “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gn 2.7).
E mais um detalhe importante, os animais foram criados “conforme a sua espécie” e o homem conforme a “imagem e semelhança de Deus”. O que isso significa?
Simplificando, significa dizer que nós, (homens e mulheres) somos representantes de Deus. Deus nos dotou com condições de sermos semelhantes a Ele (parecido, não igual, jamais superior). Foi por tentar ser igual a Deus que nossos primeiros pais caíram. Lembra do engano da serpente? “… se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” (Gn 3.5). O primeiro casal desobedeceu (pecaram) e por serem os primeiros, nos incluíram (toda descendência) na condição de pecadores (Rm 5.12; Sl 51.5). Como podemos ser parecidos com Deus então?
Já se perguntou por que Jesus se tornou um de nós (se encarnou ou se humanizou)? Para, além de redimir nossa natureza caída (“Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo” – 1Co 15.22), nos dar o exemplo de como ser um verdadeiro ser humano. Ele viveu para glorificar o Pai.
Jesus não evoluiu de nada. Ele nasceu como um de nós. Ele viveu e morreu como nós. Na sua ressureição, Ele atingiu o mais alto nível que um ser humano pode alcançar. Todo ser (corpo e alma) glorificados. E afirma que assim também serão todos os que nele esperam (“E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.” 1 Co 15.49).
Portanto, não se sinta ou jamais se deixe ser “animal”, mas, em Cristo, muito especial. Nele temos o privilégio de sermos recriados. Temos nossa imagem refeita ao ponto de sermos chamados de “filhos de Deus” (1 Jo 3.1; Rm 8.14; Jo 1.12).
Pr. Edilson Martins